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25 de Abril de 2024

Dúvidas sobre licença-paternidade?

Publicado por Roberta Dantas
há 7 anos

Dvidas sobre licena-paternidade

A licença-paternidade de 20 para trabalhadores de servidores públicos federais foi ampliada de 5 para 20 dias em maio deste ano. Para trabalhadores de empresas privadas, essa prorrogação já estava valendo desde o dia 8 de março. É importante para o empreendedor estar por dentro da nova legislação.

Veja abaixo perguntas e respostas sobre as novas regras da licença-paternidade:

Como funciona a prorrogação?

Os trabalhadores poderão gozar dos 5 dias que já eram estabelecidos por lei. Terminado este prazo, automaticamente são concedidos mais 15 dias de licença.

Essa mudança já está valendo?

Para trabalhadores de empresas privadas, a mudança foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff e entrou em vigor no dia 8 de março. Já para servidores públicos federais, o decreto que estabeleceu a mudança foi publicado no “Diário Oficial da União” no dia 4 de maio, e a medida entrou então em vigor.

Quem pode pedir a prorrogação da licença?

De acordo com a nova regra, a prorrogação da licença-paternidade será concedida ao trabalhador que pedir o benefício no prazo de dois dias úteis após o nascimento do filho.

A medida vale também para pais de filhos adotivos?

Sim. Tanto para funcionários públicos federais quanto para trabalhadores de empresas privadas, a prorrogação da licença-paternidade também pode ser pedida após a adoção de criança de até 12 anos completos.

Todas as empresas são obrigadas a conceder os 15 dias a mais de licença?

Não. No caso das empresas privadas, a extensão vale para os funcionários das empresas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã (programa regulamentado pelo governo em 2010 que possibilita a ampliação do prazo da licença-maternidade das trabalhadoras do setor privado de quatro meses para até seis meses. Para a empresa, a vantagem é poder deduzir de impostos federais o total da remuneração integral da pessoa em licença).

Como as empresas podem aderir ao programa que prorroga a licença?

É preciso fazer o pedido de adesão exclusivamente na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na internet. O acesso pode ser feito por um código de acesso, a ser obtido no site da Receita, ou por um certificado digital válido

É permitido fazer outro tipo de trabalho durante a prorrogação da licença?

Não. Se essa regra for descumprida, os funcionários perdem o direito à prorrogação. No caso de servidores públicos federais, os dias de ausência passam a constar como falta ao serviço.

O pai que tirar a licença receberá todo o salário?

Sim. A lei que ampliou o prazo para os funcionários de empresas privadas diz que “o empregado terá direito a sua remuneração integral”, assim como a mãe em licença-maternidade.

Problemáticas:

A lei não considerou a adoção ou gestação assistida por casais homossexuais. A primeira dificuldade resulta na identificação das pessoas para cada licença. Ficam os questionamentos: cabe ao casal definir quem será o titular de cada licença? O empregador pode se recusar a conceder o benefício da licença-paternidade, considerando que a lei faz expressa distinção entre empregadas e empregados, permitindo a interpretação de que apenas empregados do sexo masculino podem gozar licença-paternidade? O empregador, sabedor da união homossexual, pode exigir da sua empregada que informe se sua companheira foi agraciada com a licença-maternidade, impedindo que ambas fiquem afastadas por seis meses? As mesmas ressalvas valem para casais do sexo masculino

Fonte: G1

Roberta Dantas – advogada


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Infelizmente, apesar da isonomia "garantida" na Constituição, há muita disparidade de "direitos" entre homens, mulheres, pães e mães. Pais e mães deveriam ter, ambos, o mesmo período de licença para permanecerem com sua prole. Tal atitude, além de intensificar os laços dos bebês com seus pais (pois muitas vezes, a mulher e a criança ficam sendo ajudadas pela família, pelas avós, tias, mas não pelo pai, que é obrigado a voltar ao trabalho). A questão levantada quanto aos homossexuais não seria problema, se ambos os genitores tivessem os mesmos direitos... nada mais justo que ambos os genitores (sendo hetero ou homossexuais) tivessem o mesmo tempo de licença para com a criança. Tal isonomia ajudaria a, inclusive, reduzir o preconceito no mercado de trabalho às mulheres, pois os homens passariam a usufruir do mesmo direito (e portanto, ficariam igualmente afastados do trabalho). A prole é algo que deve ser compartilhado com a sociedade, com o capital... sem filhos não há futuro e filhos precisam de pai e de mãe consigo. continuar lendo

Proposta, que me desculpem, sem pé nem cabeça. Ficar o homem 6 meses trabalhando e 6 meses parado é um absurdo e totalmente desnecessário. E por que 6 meses e não um ano ou dois ou três? Se for para igualar o período de licença, que tal os vinte dias para ambos os pais? continuar lendo

No caso da mulher, a licença de 6 meses não esta ligada só ao "permanecer com a prole"; há recomendações médicas de que a alimentação da criança seja exclusivamente por amamentação por um período de 6 meses, além da necessidade de recuperação da mulher no pós-parto. Não há necessidade de um afastamento tão longo para ambos, até porque o impacto disto seria desastroso. No caso de adoção, tem a questão da adaptação ao novo lar, mas não sei julgar se seria necessário todo esse tempo. continuar lendo

A questão da igualdade de licença igual para mães e pais não está atrelada a "achismos" de julgar propostas "sem pé e nem cabeça"... Propostas são propostas e devem ser respeitadas. A questão da licença para pais e mães não tem a apenas o caráter médico ou de críticas sem fundamento, tem a ver com o direito à criança, ao pai, à mãe e a família... é o respeito da sociedade pela família, coisa, que alías está em baixa no Brasil. Países como a Suécia, a Finlândia e a Noruega prezam por meses de licença paternidade. Nestes países, rompendo com os velhos paradigmas de pessoas sarcásticas do terceiro mundo, eles valorizam a família... o pai que fica em casa 4 meses por lá não é considerado vagabundo (como aqui)... o pai é considerado zeloso, cuidadoso pela família, pelo filho que nasceu, pela mulher em resguardo... O Brasil é um país riquíssimo em recursos minerais e em potencial, e só não é desenvolvido justamente devido à mentalidade sub-desenvolvida. De maneira nenhuma o impacto seria "desastroso"... Nas ruas e na sociedade temos violência e crimes, perda de valores, justamente porque não se fortalece a família, mas privilegia-se o consumismo e a manutenção de um padrão de vida e de consumo insustentáveis para a família e para o meio ambiente. O ganho social seria intangível. Obviamente que não somos um país nórdico, mas, aos poucos, sim, devemos, pelo menos nesta questão, seguir esse grande exemplo. continuar lendo

Excelente matéria... continuar lendo

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